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Remédio secreto de Pontes não empolga nem laboratório que produz substância


Divulgado pelo ministro Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia), o remédio dito promissor para tratar o coronavírus é feito com a substância nitazoxanida, hoje acessível nas farmácias com o nome Annita, medicamento produzido pela Farmoquímica. O estudo bancado pelo governo não empolga o seu laboratório farmacêutico de origem, que desenvolve paralelamente outra pesquisa em busca de resultados concretos no combate à pandemia da covid-19, segundo o Uol.
Durante anúncio da pesquisa na última quinta-feira (16), Pontes afirmou que não seria possível identificar o medicamento. Posteriormente, o colunista do UOL Diogo Schelp descobriu que se tratava do vermífugo Annita. Sem informações conclusivas, o ministro disse que o medicamento obteve 94% de eficácia nas análises in vitro — uma etapa preliminar, pouco confiável, que antecede testes com animais. Por esse motivo, especialistas questionaram a validade das informações.
Em entrevista ao UOL, o médico Vinícius Blum, da Farmoquímica, não se mostrou empolgado com o anúncio feito pelo ministro. Pelo contrário. Ele explicou que as pesquisas capitaneadas pelo Ministério da Ciência e Tecnologia são totalmente diferentes dos estudos que vêm sendo feitos pela empresa com a substância.
"A gente não conhece a iniciativa do Ministério e não estamos nesse estudo. Não fornecemos nenhum medicamento para esse estudo. (...) Para nós, essa iniciativa do Ministério é independente." Blum também destacou que não há interesse da empresa em estimular o uso do Annita. "Não há informação que o remédio seja eficaz e não estamos, de maneira alguma, estimulando ninguém a usar Annita para o tratamento de covid-19."  /Por: Redação BNews 

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