Fim dos tempos: Mais de 200 cristãos foram assassinados este ano na Nigéria
Ataques de muçulmanos da etnia fulani às comunidades
predominantemente cristãs na Nigéria, deixaram mais de 200 mortos este ano,
além casas e fazendas destruídas. O ataque mais recente foi a uma igreja
evangélica durante o culto no domingo, 19 de março.
Dois cristãos foram assassinados na
aldeia de Oshugu, região central do país. O ataque gerou uma fuga em massa,
onde centenas de pessoas saíram da área com medo das ameaças feitas pelos
radicais islâmicos.
“O ataque à nossa aldeia ocorreu
pela manhã, enquanto estávamos dentro da igreja”, disse um sobrevivente,
identificado apenas como Ittah. “O líder de nossa vila e uma outra pessoa
morreram, e muitos ficaram feridos. O triste é que estes fulani têm atacado
nossas comunidades e ninguém faz nada para impedir isso”.
Segundo documentos encaminhados à Assembleia Nacional da
Nigéria, desde janeiro os jihadistas mataram mais de 200 pessoas e feriram
outros 500. A petição cita ainda casos de estupro e sequestros.
Aminu Suleiman, um dos líderes do
movimento que pede providências ao governo, lamentou. “Estamos feridos e
angustiados. Estamos morrendo como resultado dessa destruição da nossa
atividade econômica e perda de nossas terras”. Ele ressaltou que os radicais são
pastores de gado que invadem as terras dos cristãos, os ameaçam e depois ficam
com as fazendas para si.
Esse tipo de investida não é
novidade. Há registros desde 2014 de um movimento crescente que atinge os
estados da região central como Bauchi, Kaduna, Taraba e Adamawa.
Em alguns casos, os pastores Fulani
estavam acompanhados de mercenários islâmicos vindos de fora da Nigéria somente
para atacar aldeias cristãs. O maior massacre, em fevereiro de 2016, deixou um
saldo de 300 cristãos mortos no estado de Benue.
Segundo dados da Missão Porta
Abertas, apesar dos cristãos perfazerem 51,3% da população nigeriana, o país
ocupa o 12º lugar na lista perseguição ao cristianismo.
A região norte da nação é dominada
pelos radicais do Boko Haram, que vem tentando expandir seu território fazendo
incursões aos estados no centro da Nigéria. A ineficiência do governo parece
que tem servido de estímulo para o aumento dos ataques. Com informações de Assist News / Gospel Prime

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