Braskem amplia remoções de casas em Alagoas

A Braskem e a Defesa Civil determinaram um novo perímetro para a área considerada de risco no entorno de poços de extração de sal-gema da petroquímica em Maceió (AL). Com a definição, o número de imóveis que precisam ser desocupados nos bairros Mutange, Bebedouro e Pinheiro subiu 25%, para 500. Serão removidas de suas casas 2 mil pessoas, mas ainda não há estimativa de custo para o “Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação”.

No início do mês, em acordo anterior, estava previsto a desocupação de 15 dos 35 poços de sal-gema que operava, a maior parte na região da lagoa Mundaú, criando as chamadas áreas de resguardo. Segundo informações do Valor Econômico, à época, a previsão era que 400 imóveis fossem desocupados. O programa de compensação envolve pagamento de indenização aos moradores dessa área de risco, que será comprada pela empresa, mais suporte na mudança e apoio social.

O programa é dividido em etapas, a primeira compreende a visita de técnicos para identificação do imóvel e seus moradores. Desde ontem que famílias estão sendo atendidas e informadas sobre detalhes e critérios dos processos de realocação e de compensação financeira.

Ainda de acordo com as informações publicadas pelo Valor Econômico, a petroquímica pediu no mês passado à Agência Nacional de Mineração (ANM), o fechamento de todos os poços usados na mineração de sal-gema em Maceió e a desocupação de imóveis na área de 15 desses poços, a partir de estudo conduzido pelo Instituto de Geomecânica de Leipzig (IFG), que analisou dados dos sonares realizados pela Braskem.

A companhia e a Prefeitura de Maceió já assinaram o segundo Termo de Cooperação Técnica relativo ao monitoramento geológico da região, feito pela Defesa Civil, que antes limitado ao Pinheiro. 

O Serviço Geológico Brasileiro (CPRM) associou o surgimento de rachaduras em construções e vias nesses bairros de Maceió à mineração de sal-gema da Braskem, que se tornou alvo de ações judiciais bilionárias. Porém, estudos independentes contratados pela petroquímica apontaram falhas na metologia empregada. /Por: Divulgação