Jaques Wagner quebra o silêncio sobre presença de Alckmin na vice de Lula
Senador e provável coordenador da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na busca por um terceiro mandato, Jaques Wagner (PT) quebrou o silêncio e foi a público defender a presença de Geraldo Alckmin (PSB) na vice de Lula. Alckmin e Lula eram desafetos políticos e inclusive concorreram à presidencia na eleição de 2006, quando Lula venceu e se reelegeu.
Segundo Wagner, Alckmin não chegou à chapa para ser figurante. Ele fez a declaração no início da noite do último sábado (9). O senador ainda alegou que Alckmin sabe que vai precisar fazer um governo que não se resume ao PT e citou as crises institucional, política, econômica, social e ambiental para justificar a presença do antigo adversário.
Isso não quer dizer que vamos abrir mão das nossas ideias. Nosso foco no social será o centro, o tempo todo, do nosso governo.
— Jaques Wagner (@jaqueswagner) April 9, 2022
"A gente tem absoluta consciência que temos que fazer um governo amplo, principalmente neste momento. Acho sinceramente que a mensagem que foi passada para a sociedade, que busca uma não polarização, é que nós queremos fazer um governo que seja amplo", escreveu Wagner.
Leia mais:
- PSB oficializa Alckmin como vice de Lula em chapa com PT
- Lula lidera com voto feminino, do Nordeste e de baixa renda; veja números
O senador e ex-governador da Bahia ponderou, no entanto, que a aliança com adversários de outrora "não quer dizer que vamos abrir mão das nossas ideias. Nosso foco no social será o centro, o tempo todo, do nosso governo".
A direção nacional do PSB apresentou formalmente na última sexta-feira (08), ao PT, durante reunião em São Paulo, a indicação do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB) para compor, como vice, a chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa à Presidência. Na próxima semana, o diretório nacional do PT sinaliza se aceitará o nome do ex-tucano. A composição deve ser apresentada oficialmente em julho, quando ocorrem as convenções partidárias.
Foto: Agência Senado Vinícius Dias
Nenhum comentário