PF abre nova frente de investigação para apurar operação bilionária do Master com fundos de previdência estaduais e municipais
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| Divulgação / Master |
Altos executivos do Banco Master foram presos nesta terça-feira (18), em São Paulo, durante a Operação Compliance Zero da Polícia Federal (PF), sob a acusação de envolvimento em um esquema envolvendo a venda de títulos de crédito falsos ao Banco de Brasília (BRB).
Uma nova frente de investigação será aberta para apurar a venda de letras financeiras que não são cobertas pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) a fundos de previdência estaduais e municipais. Essa comercialização teria rendido o mínimo de R$ 1,867 bilhão à companhia. As informações constam da reportagem da coluna de Malu Gaspar do jornal O Globo.
Entre os nomes da alta cúpula do Master presos ontem estão o CEO do Master, Daniel Vorcaro, e outros integrantes do banco. Para que se possa entender melhor, “com a liquidação extrajudicial do Master por determinação do Banco Central, o FGC fará o maior resgate de sua história para honrar o dinheiro aplicado no banco, com um teto de R$ 250 mil por pessoa ou empresa previsto em lei. Mas isso não se aplica às chamadas letras financeiras negociadas junto a estados e municípios, que prometiam rendimento bem acima do CDI e foram considerados “arriscados demais” pela Caixa Econômica Federal em 2024. Os números fazem parte de um levantamento publicado pela equipe da coluna em abril passado a partir dos sistemas eletrônicos do Ministério da Previdência Social”, explica a reportagem.
Segundo a matéria, 50% a arrecadação do Master com essas letras, ou seja, R$ 970 milhões, foi obtida com a venda de títulos para o Rioprevidência. “No caso dos fundos de previdência estaduais e municipais, sem a cobertura do FGC e diante da liquidação do Master, os desdobramentos são imprevisíveis”.
por Verônica Macedo

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