Em busca da popularidade perdida, Lula coloca o pé na estrada para visitar regiões do Brasil

 

Ricardo Stuckert

Com a popularidade do governo em declínio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) inicia o ano de 2025 com uma estratégia focada em visitar diversas regiões do Brasil, buscando se aproximar da população e reverter o cenário de insatisfação.

Segundo uma pesquisa do Datafolha divulgada em fevereiro, apenas 24% dos entrevistados consideram o terceiro mandato de Lula como "ótimo" ou "bom". Esse número representa uma queda significativa em relação ao índice de 35% registrado em dezembro, marcando o menor nível de aprovação alcançado pelo petista em seus três mandatos.

Diante desse cenário, o Palácio do Planalto tem intensificado agendas em diversos estados, com anúncios de investimentos, programas sociais e obras públicas, visando recuperar a confiança popular e fortalecer as chances de reeleição em 2026.

A equipe de Lula atribui a queda na popularidade a um "retrato momentâneo" do cenário político, influenciado pelo impacto da crise gerada por uma medida normativa da Receita Federal, que passou a monitorar transferências financeiras realizadas por meio do Pix.

O próprio presidente minimizou a relevância da pesquisa, afirmando que não a encara como definitiva, mas sim como uma ferramenta de análise.

"Quem me conhece sabe que nunca levei pesquisas a sério de forma definitiva. Elas servem para estudar, para avaliar se é necessário mudar comportamentos ou ações. É isso que faço", declarou Lula.

Nesta semana, o presidente esteve no Rio Grande do Sul para a assinatura de um contrato de aquisição de quatro navios destinados ao transporte de petróleo e derivados pela Transpetro, subsidiária da Petrobras.

A visita faz parte da estratégia de reforçar a presença do governo em diferentes regiões e destacar iniciativas de desenvolvimento econômico.

 Rebeca Santos