Saiba quais cuidados tomar ao comprar um carro automático usado
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Divulgação/Honda |
Superando o 'pé atrás' que muitos consumidores tinham, os carros automáticos são mais vendidos que os manuais, no Brasil atual. Porém, qualquer problema que ocorra se torna um grande trastorno devido aos gastos com manutenção. Sendo assim, como se precaver ao comprar um carro automático usado?
A maior dúvida que surge para o consumidor é sobre a troca do óleo do câmbio. Independente do modelo (convencional, dupla embreagem ou CVT), os fabricantes recomendam que seja feita a troca do fluido lubrificante interno, que tem valores mais altos que o usado em câmbio manual. Porém, existem também as transmissões vedadas, que fazem com que não seja necessário substituir.
Os fabricantes de carros automáticos alertam para a quilometragem indicada por cada empresa, que indica para quando as trocas estão previstas. Abaixo, confira a lista.
Honda (Modelos com câmbio CVT) - Necessário trocar o óleo lubrificante do câmbio a cada 40 mil quilômetros ou 36 mil.
Volkswagen - Não há um prazo para a troca do óleo do câmbio automático de seis marchas no manual de seus automóveis.
Hyundai - Estima a troca apenas para uso severo, a cada 100 mil quilômetros.
Chevrolet - Prevê que as trocas sejam realizadas a cada 80 mil quilômetros, mas apenas em casos de uso severo.
Renault - Determina que a troca do lubrificante de dupla embreagem EDC está incluída na revisão de 90 mil quilômetros.
Nissan - Define que a troca do fluido do CVT seja realizada a cada 100 mil quilômetros, mas pode também ser antecipada a partir de inspeções feitas a cada 20 mil quilômetros rodados ou 12 meses. Porém, recomenda-se observar o manual do proprietário.
Há casos que chamam a atenção, como a Toyota, que estipula a troca do óleo do câmbio CVT do Yaris a cada 80 mil quilômetros, caso o automóvel esteja em um quadro de uso severo. Porém, a Fiat, que utiliza o mesmo câmbio Aisin, afirma que o óleo é For Life, e que ele não precisa ser substituído, apenas submetido a uma inspeção visual, em caso de uso severo.
Outros exemplos de câmbio For Life são os utilizados pela Jeep, Ram, Peugeot, Citroën e Fiat, todos da marca Stellantis. Com relação à troca do câmbio, não há uma resposta clara. Porém, caso seja necessário trocar o lubrificante, deve ser seguida a especificação do manual.
O funcionamento do câmbio também aponta para se a saúde do veículo está em ordem. Na dúvida para saber se está tudo certo com o carro, um test-drive pode ser feito.
Abaixo, confira abaixo como indicar um câmbio automático defeituoso, segundo levantamento do site Quatro Rodas.
Deve-se observar as trocas de marcha, onde os engates precisam ser suaves sem haver trancos ou atrasos. Além disso, verificar se o câmbio patina.
Estalos ou barulhos metálicos ao mudar de marcha podem apontar problemas nos componentes internos. Se a luz do câmbio estiver acesa, indica que podem haver falhas no motor.
Também é necessário observar o manual e conferir se a troca de óleo do câmbio está prevista e se foi feita no período certo, observando se há notas fiscais ou registros de revisão.
Maurício Viana
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