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Saiba quais as exigências propostas pelo agronegócio brasileiro na guerra tarifária contra os EUA

 

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As exigências propostas pelos exportadores do agronegócio brasileiro estão visando adiar ou evitar os efeitos das tarifas de 50% sobre os produtos nacionais. A taxação será imposta pelos Estados Unidos, a partir de agosto deste ano.

As organizações nacionais que produzem os produtos e enviam aos Estados Unidos pregam que sejam realizadas algumas atitudes: medidas de exceções para alguns produtos, adiamento do período de início das taxas, uma tarifa menor comparada aos países da Ásia e uma linha de crédito para as empresas afetadas.

Veja o panorama das exigências dos produtores de alguns produtos, de acordo com o Portal UOL:

Café: é provável que o governo brasileiro negocie as tarifas sobre este produto. Eduardo Heron, diretor técnico do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), relatou que “o mais importante é sentar para conversar. Ouvir que o governo não apresentou nenhuma proposta é realmente preocupante”. O setor analisa propor aos EUA uma lista de exceções para tarifa sobre produtos in natura não produzidos em alta escala pelo país norte-americano.

Frutas: o setor entende que os produtos também não devam ser taxados por entender que “se negocie com outras coisas: papel, celulose, avião, minério. Não podemos tratar alimentos como outras coisas”. Disse Guilherme Coelho, presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas). O setor propõe o adiamento de 90 a 120 dias para o início das taxas, para ter prazo maior de negociação.

Pescados: setor propõe que o governo crie uma linha de crédito parecida com o Plano Safra, com o valor de 900 milhões de reais para auxiliar os exportadores nos seus estoques, tarifa menor do que foi aplicada para China, Vietnã e outros países asiáticos e uma reabertura do mercado europeu para os produtos pescados nacionais. “A parte política já foi superada, mas na parte política nunca foi prioridade. Precisamos que o governo tenha essa proatividade de liderar essa pauta em alto nível, com o presidente da República e o Itamaraty”. Disse Jairo Gundy, diretor-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Pescado (Abipesca)

Gabriel Santana


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