Notícias

Especialista destaca que o futuro do agro será inseparável da matriz energética; entenda

 

Divulgação / Freepik

O agronegócio brasileiro está perto de se tornar protagonista da transição energética nacional, combinando produção de alimentos, geração de energia limpa e inovação tecnológica. Até o final de 2025, o segmento deve responder por, aproximadamente, 29% do Produto Interno Bruto - PIB, consolidando-se como motor econômico e também ambiental do país. É o que afirma Alan Henn, engenheiro eletricista e CEO da Voltera.

Segundo estudos da FGV, o agronegócio já responde por 29% de toda a energia consumida no Brasil, sendo 60% proveniente de fontes renováveis. Isso coloca o setor não apenas consumidor, mas também gerador de energia, com destaque para biomassa, etanol, biodiesel, biogás e energia solar.

Henn destaca que o futuro do agro será inseparável da matriz energética: “O campo brasileiro tem um papel decisivo na segurança energética do país. Estamos falando de um setor que, além de produzir alimentos, também gera energia limpa e renovável. O agricultor do futuro será, ao mesmo tempo, produtor rural e agente ativo do mercado de energia”.

Tendências apontadas pela Embrapa e outras instituições revelam que até 2030 a busca por sustentabilidade deixará de ser apenas uma obrigação e se tornará vantagem competitiva. Práticas regenerativas, agricultura de baixo carbono, maior integração com bioinsumos e créditos de carbono abrem novas fontes de receita e acesso facilitado a financiamentos verdes.

Segundo o especialista, o biometano, por exemplo, tem potencial de substituir o diesel e o gás natural em larga escala. Já a energia solar, cada vez mais presente em propriedades rurais, garante autonomia, reduz custos e reforça o compromisso ambiental.

“Neste contexto, o mercado livre de energia se consolida como uma ferramenta estratégica para produtores rurais e cooperativas. Migrar para o mercado livre de energia pode significar reduzir custos, garantir previsibilidade financeira e ainda escolher consumir energia 100% renovável. Essa liberdade de escolha é fundamental para quem quer se manter competitivo em um mercado global cada vez mais exigente em critérios ESG.”, afirma Henn.

Segundo o executivo, as oportunidades futuras incluem redução de despesas com energia, venda de excedentes e créditos de carbono, além de diferenciação comercial com produtos sustentáveis e rastreáveis. “O agro do futuro será inteligente, conectado e sustentável. E a energia será o elo central que une inovação, produtividade e responsabilidade ambiental”, conclui Henn.

 Verônica Macedo

Nenhum comentário