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PMs são denunciados por subtração de fuzil e desmanche de veículo após câmeras corporais revelarem infrações; entenda

 

Ilsutrativa | Rovena Rosa | Agência Brasil

Seis policiais militares que atuaram na Operação Contenção no Complexo do Alemão e na Vila Cruzeiro, em outubro deste ano, foram denunciados à Justiça pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). Cinco deles foram presos.

Segundo o órgão, imagens das câmeras operacionais portáteis (COPs) revelaram que houve infrações, condutas graves e autônomas praticadas pelos agentes em serviço. Os sargentos Marcos Vinicius Pereira Silva Vieira e Charles William Gomes dos Santos foram denunciados pelo crime de  subtração de um fuzil semelhante ao modelo AK-47, encontrado escondido dentro de  uma residência onde cerca de 25 homens já haviam se rendido.

"As imagens das COPs mostram que Silva Vieira arrecadou o armamento e, em seguida, se afastou do grupo de policiais responsáveis pela contabilização dos materiais apreendidos. Minutos depois, ele se reuniu com Charles Santos, e ambos ocultaram o fuzil dentro de uma mochila, sem registrá-lo entre os itens oficialmente apreendidos ao final da operação", detalhou o Ministério Público.

Já o subtenente Marcelo Luiz do Amaral, o sargento Eduardo de Oliveira Coutinho e outros dois policiais militares foram denunciados por  furto qualificado decorrente do desmanche de um veículo Fiat Toro encontrado estacionado na Vila Cruzeiro.

"Segundo as investigações, Coutinho subtraiu o tampão do motor, o farol e as capas dos retrovisores, enquanto Amaral e outro PM garantiram condições para a prática criminosa, inclusive tentando impedir o registro das ações pelas câmeras corporais. Machado, embora presente, omitiu-se deliberadamente, deixando de agir para impedir o crime. A denúncia foi ajuizada no sábado (29/11)", disse o  órgão.

O MPRJ destacou, por meio de nota enviada à imprensa, houve tentativa deliberada de manipular e obstruir o funcionamento das COPs pelos policiais denunciados. "O Termo de Análise de Vídeo registra episódios de manipulação direta das câmeras corporais, incluindo tentativa de desligamento, com o objetivo de garantir a impunidade e comprometer o controle interno e externo da atividade policial. Em diferentes momentos, os agentes tentaram cobrir, retirar ou desviar o campo de visão das câmeras, prejudicando a produção de provas e distorcendo a documentação das ações policiais". 

por Redação Bnews

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