Cristãos lutam pelo fim da escravidão e da exploração sexual
A International
Justice Mission (IJM) é a maior ONG contra escravidão do mundo. Embora seja
pouco divulgada, seus idealizadores são cristãos que lutam pela liberdade para
todos os seres humanos.
Eles seguem uma
antiga tradição, uma vez que desde o início da Igreja, a mensagem do evangelho
serviu para mudar o Império Romano de dentro para fora, mudando a perspectiva
que se tinha sobre a escravidão.
Durante séculos,
os cristãos lutaram por causas sociais, como no século 19, quando um movimento
liderado por evangélicos como William Wilberforce, ajudou a extinguir a
escravidão institucionalizada pelas nações.
Infelizmente, em
pleno século 21 esse é um problema que parece longe do fim. O Índice de escravidão
global, divulgado no início do ano, aponta que há mais de 45 milhões de pessoas
em condições análogas à de escravos. Estima-se que o Brasil tenha 161 mil
pessoas vivendo dessa maneira.
Visando despertar
a Igreja ao seu papel na proteção dos indivíduos, comunidades e nações inteiras
da violência, a International Justice Mission (IJM) reuniu advogados e lobistas
cristãos de vários países e luta em diferentes fronts.
Entre elas, a luta
contra o tráfico sexual, a violência policial, os abusos contra os direitos de
cidadania, apropriação de propriedade e a violência sexual.
Paul Villeda, um
ex-professor de Direito na Guatemala, hoje trabalha para IJM em Washington como
chefe regional para a América Latina. Ele denunciou recentemente que um dos
maiores empecilhos para se eliminar muitos desses problemas é a simples “falta
de vontade política”, aliada a morosidade do sistema judiciário na maioria dos
países.
Villeda assegura:
“Se houve algo que Jesus nos deu o exemplo para, em seguida, nos convidar a
fazer, é abandonar nossa zona de segurança e de conforto. Em muitos países o
cristianismo é algo aceito, já faz parte da cultura. O que Jesus deseja que
façamos é abandonar o comodismo e agir em favor daqueles que sofrem com a
violência doméstica e a escravidão sexual. Devemos levantar nossa voz em favor
daqueles que não têm voz”.
Voz profética
A IJM defende o
fim das injustiças sociais como um todo. “A violência afeta a vida real. Na
Bíblia temos histórias de pessoas reais que estavam quebradas, desesperadas”,
lembra Villeda.
“Mas em seguida
elas têm suas vidas transformadas. Na IJM servimos as pessoas e é muito bonito
ver suas vidas serem transformadas. Após serem livres do medo e da violência,
elas podem ser que Deus pretendia que elas fossem.”
Abraham George, um
advogado que também é pastor ordenado pela Assembleia de Deus, serve como
Diretor Internacional de Mobilização Junto À Igreja em IJM, explica que a IJM
busca trabalhar em conjunto com as comunidades locais.
Esta semana,
centenas de advogados da IJM e outros cristãos que lutam pelo o fim da
violência e da injustiça em todo o mundo se reuniram em Londres para a sua
conferência anual de oração. Um dos aspectos mais destacados é como organização
continua dependente de orações e da ajuda de Deus para realizar o seu trabalho.
Por exemplo, em
2016 a IJM ajudou a resgatar 564 homens, mulheres e crianças do trabalho
escravo na Índia. Mas George aponta a pornografia infantil como um dos
problemas que mais cresce no mundo. A IJM recentemente participou do processo
que libertou 23 crianças que eram exploradas sexualmente nas Filipinas.
“Uma das coisas
que todos podem fazer é orar sobre isso. Muitas vezes isso não é visto como
algo significativo, mas eu acredito que a oração para que estas crianças sejam
resgatadas é fundamental. Todos nós podemos ser uma voz profética de
transformação onde convivemos, influenciando o local onde trabalhamos ou
estudamos”, encerra. Com informações Christian Today

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