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Após realizar último pedido, garotinho de 5 anos com câncer morre nos braços do Papai Noel


Quem vê Eric Schmitt-Matzen andando pela rua, pode imaginar que o senhor de 80 anos é, na verdade, a encarnação do Papai Noel. E não é para menos: sua barba cheia e branca já lhe deu até vitória em concursos. Seu nascimento data de 6 de dezembro, dia de São Nicolau, figura religiosa ligada ao mito do "Santa Claus". Já fez curso profissional de Papai Noel, tem traje oficial guardado em casa e se apresenta em hospitais, shoppings e eventos natalinos.
Eis que há alguns dias Eric teve de botar à prova toda essa aura de Papai Noel. Voltando de mais um dia de trabalho na empresa que comanda, na cidade de Jacksboro, no Tennessee (EUA), o engenheiro recebeu o telefonema de uma amiga enfermeira. Ela contava que havia um garotinho de 5 anos, vítima de um câncer terminal, que tinha um último pedido: conhecer o Papai Noel.
Eric chegou a sugerir à amiga que voltaria até sua casa para vestir seu "uniforme" de Natal. No entanto, ela afirmou que não havia tempo e que sua barba e biotipo dariam conta. O Bom Velhinho de Jacksboro, então, chegou ao hospital em 15 minutos.
Lá, encontrou os pais do menino, que haviam comprado e embrulhado um brinquedo para que ele desse ao filho. Eric, então, foi sincero: antes de entrar na UTI, pediu para eles ficassem do lado de fora, caso não conseguissem controlar a emoção. E assim aconteceu: o Papai Noel ficou a sós com seu pequeno fã.
"Quando cheguei perto dele, estava tão fraco que parecia que iria adormecer a qualquer momento. Disse a ele: 'Ei, que história é essa que ouvi sobre você sentir saudade do Natal: Não tem como você sentir falta do Natal? Sabe por quê? Porque você é meu duende número 1'. Ele olhou pra mim e disse: 'Sou?'. Eu respondi: 'Claro!'. Então dei a ele o presente, que ele quase não conseguiu desembrulhar, de tão fraco que estava", contou Eric em entrevista ao jornal local "Knoxville News Sentinel".

"Eles dizem que vou morrer", continuou o menino. O Papai Noel, então, relata que o garotinho perguntou a ele como ele diria, após sua morte, para onde deveria ir. "Quando você chegar lá, diga a eles que você é o duende número 1 do Papai Noel, e eu saberei que eles deixarão você entrar", relembra Eric.
Em seguida, o garoto abraçou o Velhinho e dito mais uma pergunta: "Papai Noel, você pode me ajudar?". "Envolvi meus braços em torno dele. Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ele morreu naquele momento. E fique ali, abraçando-o por mais alguns minutos", conta o engenheiro em sua entrevista.
"Todos notaram o que havia ocorrido. A mãe, desesperada, gritava: 'Não, não, não agora!'. Deixei ele deitado e saí da UTI o mais rápido que pude. Fui para casa chorando o caminho todo, mal conseguia dirigir. Passei quatro anos no Exército, vi muita coisa...sei que médicos e enfermeiras estão acostumados com esse tipo de situação diariamente, mas eu não sei como eles enfrentam", confessa Eric.
Ao "Knoxville News Sentinel", o Papai Noel comenta que chegou a cogitar o abandono da função natalina, mas logo depois de seu primeiro show realizado.



Fonte: Jornal Extra

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