Audiência vai analisar impacto ambiental causado por Usina de Pedra do Cavalo
O Ministério Público Federal na Bahia (MPF-BA) vai debater no próximo dia 8 os impactos ambientais causados pela Usina Pedra do Cavalo, bem como as medidas para minimizá-los. A audiência pública será realizada no Mercado Municipal Alexandre Alves Peixoto, conhecido como Mercado do Cajá, em Maragogipe, no Recôncavo baiano, a partir das 9h.
O impacto ambiental causado pela Usina é alvo de um inquérito civil no MPF-BA, aberto ainda em 2003, quando os equipamentos de geração de energia entraram em operação. "O que está se apurando agora é se é possível que o órgão (Inema) conceda a renovação da licença para a usina operar da forma que vem operando”, disse o procurador responsável pela investigação, Pablo Barreto. Outra possibilidade analisada é se o funcionamento é inviável do ponto de vista ambiental ou se é viável, desde que adotadas algumas medidas.
Desde 2009, a Usina, operada pelo Grupo Votorantim, está envolvida em um imbróglio por causa de questões ambientais. Em fevereiro daquele ano, a licença ambiental do equipamento venceu e desde então não foi renovada. A procuradoria chegou a recomendar o fechamento do equipamento, o que não aconteceu. O Grupo Votorantim não respondeu aos questionamentos do Correio.
A justificativa, segundo o MPF, é que o Inema não pode renovar o documento, pois depende de um parecer favorável do Instituto Chico Mendes (ICMBio), órgão federal ligado ao Ministério do Meio Ambiente. A autorização depende do Instituto porque Pedra do Cavalo fica em uma Área de Proteção Ambiental (APA), Reserva Extrativista Marinha Baía do Iguape, cuja gestão é de responsabilidade do órgão federal.
Segundo informações do MPF, “o instituto manifesta-se contrário à renovação da licença, argumentando a falta de estudos específicos que analisem os impactos ambientais do empreendimento sobre a reserva, da ausência de Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e de seu respectivo Relatório de Impacto Ambiental (Rima), entre outras questões”, revelou em nota.
Segundo informações do MPF, “o instituto manifesta-se contrário à renovação da licença, argumentando a falta de estudos específicos que analisem os impactos ambientais do empreendimento sobre a reserva, da ausência de Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e de seu respectivo Relatório de Impacto Ambiental (Rima), entre outras questões”, revelou em nota.
Inquérito
O impacto ambiental causado pela Usina é alvo de um inquérito civil no MPF-BA, aberto ainda em 2003, quando os equipamentos de geração de energia entraram em operação. "O que está se apurando agora é se é possível que o órgão (Inema) conceda a renovação da licença para a usina operar da forma que vem operando”, disse o procurador responsável pela investigação, Pablo Barreto. Outra possibilidade analisada é se o funcionamento é inviável do ponto de vista ambiental ou se é viável, desde que adotadas algumas medidas.
Entre os danos causados pelo empreendimento, segundo o MPF, estão a alteração do nível de salinidade da água, causando a consequente morte de animais aquáticos. Com isso, populações ribeirinhas que sobrevivem da pesca no Rio Paraguaçu estariam com a subsistência ameaçada. “Essa fauna deve ser protegida. Ela é justamente o objeto da criação dessa reserva extrativista que atende às populações ribeirinhas”, explica o procurador.
Segundo o coordenador da audiência, Pablo Barreto, o objetivo do evento é colher depoimentos de todos os envolvidos. Após o debate, vão ser produzidas informações técnicas pelo setor pericial do MPF para ver qual é a solução mais adequada: fechamento, manutenção do funcionamento como está ou funcionamento com alterações. Caso as partes não cheguem a um consenso, há a possibilidade de a instauração de uma ação civil pública. (Infosaj)
Segundo o coordenador da audiência, Pablo Barreto, o objetivo do evento é colher depoimentos de todos os envolvidos. Após o debate, vão ser produzidas informações técnicas pelo setor pericial do MPF para ver qual é a solução mais adequada: fechamento, manutenção do funcionamento como está ou funcionamento com alterações. Caso as partes não cheguem a um consenso, há a possibilidade de a instauração de uma ação civil pública. (Infosaj)

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