Nicarágua liberta assassino de brasileira e Itamaraty protesta
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Rayneia estudava medicina na NicaráguaReprodução / Facebook |
Um ano após o assassinato da médica brasileira Raynéia Gabrielle Lima na capital da Nicarágua, a Justiça nicaraguense colocou em liberdade o homem condenado por sua morte. A decisão motivou um protesto formal do Itamaraty.
Em nota divulgada nesta quinta-feira (25), o Ministério das Relações Exteriores do Brasil classificou a medida como uma demonstração da "deterioração das instituições na Nicarágua e comprova padrão de sistemática violação das garantias individuais e de direitos fundamentais naquele país".
O ex-militar, tratado pela mídia nicaraguense como um paramilitar ligado aos grupos de apoio ao presidente Daniel Ortega, foi liberado por conta da anistia declarada pelo governo da Nicarágua para os crimes cometidos no período de confrontos que sacudiu o país ao longo de 2018.
A decisão do Tribunal de Apelação de Managuá foi divulgada um dia depois do assassinato da brasileira completar um ano.
Família de Raynéia questiona investigação
Raynéia morreu em 23 de julho de 2018, alvejada por um tiro de fuzil no peito, disparado contra o seu carro quando ela voltava de uma festa, após completar seu plantão em um hospital na capital nicaraguense.
A mãe de Raynéia, Maria José Costa, não acredita na versão oficial da polícia da Nicarágua, que levou à prisão do ex-militar Pierson Adám Gutiérrez Solís.
“Eu vou lutar até o último dia da minha vida para descobrir a verdade”, desabafou Maria José em entrevista ao R7 no dia do aniversário da morte da filha.
(Cristina Charão, do R7)
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