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'Bolsonaro jamais incentivou invasão a embaixada', diz GSI

(AFP)
O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República chama em nota de "invasão" a ocupação da Embaixada da Venezuela em Brasília por partidários do opositor Juan Guaidó. O órgão diz que são "inescrupulosos e levianos" os que divulgam informação de que o governo brasileiro teria apoiado a invasão.
"Como sempre, há indivíduos inescrupulosos e levianos que querem tirar proveito dos acontecimentos para gerar desordem e instabilidade. O Presidente da República jamais tomou conhecimento e, muito menos, incentivou a invasão da Embaixada da Venezuela, por partidários do sr. Juan Guaidó", diz o texto.
O presidente usou suas contas no Twitter e Facebook para comentar o caso. Bolsonaro escreveu que o governo brasileiro repudia a interferência de atores externos, sem deixar claro quem seriam esses atores.
"Estamos tomando as medidas necessárias para resguardar a ordem pública e evitar atos de violência, em conformidade com a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas", completou o presidente. Ele deletou uma mensagem postada inicialmente que falava em invasão da embaixada por pessoas estranhas às mesmas". 
O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, demonstrou apoio aos invasores. "Nunca entendia essa situação. Se o Brasil reconhece Guaidó como presidente da Venezuela, por que a embaixadora Maria Teresa Belandria, indicada por ele, não estava fisicamente na embaixada? Ao que parece agora está sendo feito o certo, o justo", escreveu.
Mesmo depois do repúdio do governo brasileiro, ele continuou demonstrando seu apoio. "Embaixada da Venezuela mudou porque funcionários reconheceram Guaidó como presidente legítimo. Invasão é o que ocorre agora com os brasileiros esquerdistas querendo se intrometer na questão".
Segundo o jornalista Jamil Chade, do Uol, as falas de Bolsonaro causaram "pânico e indignação" em meio ao Itamaraty. Como o Brasil ainda tem uma embaixada na Venezuela, a preocupação é pela segurança do que estão em Caracas, caso acha alguma repercussão.
A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou comunicado sobre o caso. "Como resposta, a ONU declarou: "todos os estados membros são responsáveis pela segurança das embaixadas e dos funcionários diplomáticos em seus países, em linha com a Convenção de Viena", diz a nota.
Correio

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