Após condenação de Bolsonaro, apoio ao impeachment de Moraes desaba, diz pesquisa
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| Divulgação / STF |
A pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (17) mostra uma mudança da opinião pública sobre um pedido de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
No levantamento divulgado em agosto, 43% eram contra o impeachment de Moraes. Já na sondagem desta quarta-feira (17) o percentual subiu para 52%.
De acordo com a mesma pesquisa, 46% se dizem favoráveis ao impeachment de Moraes em agosto. Agora, os que defendem o afastamento do ministro caíram para 36%.
Bolsonaro condenado
A nova versão da pesquisa começou a ser feita na última sexta-feira (12), dia seguinte ao fim do julgamento que condenou Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado e outros quatro crimes. O levantamento foi concluído no domingo (14). Além do ex-presidente, a Primeira Turma do STF condenou outros sete réus do inquérito da trama golpista.
Imparcialidade do julgamento
A Genial/Quaest também mediu como a população avaliou a isenção do julgamento contra Bolsonaro. De acordo com o levantamento, houve uma queda no percentual dos que consideram ter havido perseguição política. Em agosto, o percentual era de 52% e caiu para 47% na pesquisa desta quarta-feira (17). Já os que consideram o caso como imparcial subiram de 36% para 42%.
O levantamento ainda avaliou a percepção da população quanto às penas e medidas cautelares aplicadas pelo STF contra Bolsonaro. O tempo de prisão imputado a Bolsonaro, de 27 anos e 3 meses, foi o que obteve o maior percentual dos que pensam ser exagerado: 49%, contra 35% dos que avaliam a pena como adequada e 12% dos que consideram insuficiente. Outros 4% que não souberam opinar ou não responderam.
Já a prisão domiciliar de Bolsonaro é avaliada como adequada por 51% dos entrevistados, exagerada por 28% e insuficiente para 16%. Outros 5% que não souberam opinar ou não responderam.
A pesquisa da Quaest entrevistou 2.004 pessoas entre os dias 12 ao dia 14 de setembro. O nível de confiança divulgado é de 95% e a margem de erro é de 2 pontos porcentuais.
Bolsonaro hospitalizado
Bolsonaro está em prisão domiciliar desde 4 de agosto deste ano. A medida foi determinada por Moraes. No entanto, o ex-presidente precisou ser internado no Hospital DF Star, em Brasília, na tarde dessa terça-feira (16).
Bolsonaro sofreu um quadro de mal-estar que inclui queda de pressão, crises de soluço, vômitos e fortes dores. Ele precisou passar a noite no hospital, onde ficou em observação médica , com dieta líquida e monitoramento da pressão.
por Daniel Serrano

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