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Dinheiro é o principal meio de pagamento, diz pesquisa

Reprodução/ Bigstock
Mesmo com o crescente uso de cartões e o surgimento de novas tecnologias, para os gastos do dia a dia o dinheiro em espécie continua sendo o principal meio de pagamento do brasileiro. O uso é ainda mais pronunciado entre pessoas menos escolarizadas e que estão fora do mercado de trabalho.

Uma pesquisa feita pelo Instituto Locomotiva mostra que 71% dos entrevistados usam dinheiro vivo como principal meio de pagamento do cotidiano. Em seguida, aparecem os cartões de débito (24%) e crédito (4%). Entre os que usam dinheiro de papel, 77% dizem preferi-lo porque consideram que isso torna mais fácil administrar a vida financeira. Ao mesmo tempo, 66% afirmam que conseguem mais desconto pagando em dinheiro.

Os usuários de dinheiro em papel estão mais presentes nas classes D e E (89%) e entre os menos escolarizados (na faixa de ensino fundamental, são 81%). Eles também estão fora do mercado de trabalho formal. Entre os desempregados, 88% optam pelo dinheiro vivo como meio de pagamento, com percentuais parecidos entre donas de casa (81%), empregados sem CLT (81%) e autônomos (79%).

Considerando a faixa etária, os jovens entre 18 e 29 anos são mais adeptos do dinheiro vivo (80%), já que muitas vezes eles estão entre os grupos mais desbancarizados.

A pesquisa também mostrou que 30% da população adulta ainda recebe salário em dinheiro. A maioria recebe via conta corrente (39%) e ainda há os que ganham via conta poupança (10%) e conta salário (6%). Os trabalhadores que recebem o salário em dinheiro são mais comuns nas classes D e E (39%), entre os menos escolarizados (na faixa do fundamental completo, são 35%) e na região Norte do país (45%).

A Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) aponta que as transações com os plásticos subiram 18% na comparação anual, para R$ 850 bilhões no primeiro semestre deste ano. A entidade tem um objetivo de elevar para 60% a participação dos meios eletrônicos no consumo das famílias até 2022. No quarto trimestre de 2018, esse índice era de 38,3% e a estimativa é terminar este ano a 40%.

A pesquisa do Instituto Locomotiva entrevistou 1.500 pessoas em 11 regiões metropolitanas brasileiras, no Distrito Federal e em duas cidades do interior de São Paulo durante o mês de junho. 

 BNews

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